Inteligência artificial: o que é, como funciona e quais são as suas aplicações, tendências e desafios

A inteligência artificial (IA) é uma área da ciência da computação que busca criar máquinas e sistemas capazes de imitar ou superar as capacidades humanas de resolver problemas, tomar decisões e aprender com os dados. A IA é uma tecnologia em constante evolução, que tem impactado diversos setores da sociedade, desde a indústria até a educação, passando pela saúde, pelo entretenimento e pela segurança.

Neste post, vamos explicar o que é inteligência artificial, como ela funciona e quais são os seus principais tipos e aplicações. Também vamos abordar alguns mitos e verdades sobre a IA, bem como os seus desafios, vantagens e desvantagens. Por fim, vamos mostrar como a inteligência artificial pode ser usada nas empresas e quais são as tendências para o futuro dessa tecnologia.

O que é inteligência artificial?

A definição de inteligência artificial não é única nem consensual, pois depende de como se entende o conceito de inteligência. De forma geral, podemos dizer que a IA é a capacidade de dispositivos eletrônicos de funcionar de maneira que lembra o pensamento humano1. Isso implica em perceber variáveis, tomar decisões e resolver problemas. Enfim, operar em uma lógica que remete ao raciocínio.

Segundo a IBM2, uma das pioneiras no desenvolvimento da IA, existem quatro objetivos ou definições possíveis para essa tecnologia:

  • Sistemas que pensam como pessoas: são aqueles que tentam reproduzir os processos cognitivos humanos, como o raciocínio, a memória e a aprendizagem.
  • Sistemas que agem como pessoas: são aqueles que tentam imitar o comportamento humano, como a fala, a escrita e a interação.
  • Sistemas que pensam racionalmente: são aqueles que seguem princípios lógicos e matemáticos para solucionar problemas e tomar decisões.
  • Sistemas que agem racionalmente: são aqueles que buscam otimizar seus objetivos e resultados com base em dados e evidências.

A inteligência artificial pode ser dividida em dois grandes ramos: a inteligência artificial fraca (ou estreita) e a inteligência artificial forte (ou geral).

A inteligência artificial fraca é aquela que se especializa em uma tarefa específica, como reconhecer rostos, jogar xadrez ou traduzir textos. Ela não tem consciência nem compreensão do contexto ou do significado dos dados. É o tipo de IA mais comum e presente na atualidade.

A inteligência artificial forte é aquela que teria uma inteligência equivalente ou superior à humana, capaz de realizar qualquer tarefa cognitiva, aprender por conta própria e ter autoconsciência. Ela ainda é uma hipótese teórica, que gera muitas expectativas e controvérsias.

Como funciona a inteligência artificial?

Um tipo especial de aprendizado de máquina é o aprendizado profundo (ou deep learning), que usa redes neurais artificiais para simular o funcionamento do cérebro humano. As redes neurais são compostas por camadas de unidades de processamento chamadas neurônios, que recebem, processam e transmitem informações. O aprendizado profundo é capaz de lidar com grandes volumes de dados não estruturados, como imagens, vídeos e textos, e extrair características relevantes para a tarefa desejada.

Para que a inteligência artificial funcione, é preciso ter dados de qualidade, quantidade e variedade suficientes para treinar e testar os algoritmos. Os dados podem vir de diversas fontes, como bancos de dados, sensores, câmeras, redes sociais, etc. Os dados são a matéria-prima da IA e devem ser coletados, armazenados, limpos, organizados e analisados antes de serem usados pelos sistemas.

Qual é o principal objetivo da inteligência artificial?

O principal objetivo da inteligência artificial é criar sistemas que possam auxiliar ou substituir os humanos em tarefas que exigem inteligência, seja ela natural ou artificial. A IA visa melhorar a eficiência, a precisão, a segurança, a conveniência e a qualidade de vida das pessoas e das organizações.

A inteligência artificial pode ter diversos objetivos específicos, dependendo da área de aplicação e do problema a ser resolvido. Por exemplo:

  • Na medicina, a IA pode ter como objetivo diagnosticar doenças, sugerir tratamentos, monitorar pacientes, etc.
  • Na educação, a IA pode ter como objetivo personalizar o ensino, avaliar o desempenho, recomendar conteúdos, etc.
  • No entretenimento, a IA pode ter como objetivo gerar conteúdos criativos, como músicas, filmes, jogos, etc.
  • Na segurança, a IA pode ter como objetivo prevenir crimes, identificar suspeitos, proteger dados, etc.

Breve histórico da inteligência artificial no mundo

A inteligência artificial é um campo que surgiu na década de 1950, com o trabalho pioneiro de Alan Turing, considerado o pai da ciência da computação. Turing propôs um teste para avaliar se uma máquina poderia pensar como um humano: se ela fosse capaz de enganar um interrogador humano em uma conversa por texto. Esse teste ficou conhecido como Teste de Turing e ainda é usado como referência na IA.

Em 1956, ocorreu a primeira conferência sobre inteligência artificial na Universidade de Dartmouth (EUA), onde o termo foi cunhado por John McCarthy. Nesse evento, foram discutidos os principais conceitos, desafios e perspectivas da IA. Foi nessa conferência que surgiu o termo inteligência artificial, cunhado por John McCarthy1.

A partir daí, a inteligência artificial passou por diferentes fases, alternando períodos de avanços e retrocessos, otimismo e pessimismo, apoio e desinteresse. Alguns marcos históricos da IA são:

  • A era de ouro da IA (1956-1974): foi um período de grande entusiasmo e investimento na IA, com o desenvolvimento de programas capazes de jogar xadrez, damas e gamão, provar teoremas matemáticos, resolver problemas de lógica e entender linguagem natural.
  • O inverno da IA (1974-1980): foi um período de crise e desilusão na IA, causado por limitações técnicas, financeiras e políticas. Os sistemas de IA não conseguiam lidar com problemas mais complexos e ambíguos, nem com a falta de dados e recursos computacionais.
  • O boom da IA (1980-1987): foi um período de retomada e crescimento da IA, impulsionado pelo surgimento dos sistemas especialistas, que eram programas focados em domínios específicos do conhecimento humano, como medicina, engenharia e direito. Esses sistemas tiveram sucesso comercial e acadêmico, gerando novas expectativas sobre a IA.
  • O segundo inverno da IA (1987-1993): foi um período de nova crise e decepção na IA, provocado pelo fracasso dos sistemas especialistas em se adaptarem a novas situações e demandas, pela concorrência de outras tecnologias mais baratas e eficientes e pela redução do financiamento público e privado para a pesquisa em IA.
  • A primavera da IA (1993-presente): é o período atual da IA, marcado pela popularização da internet, pelo aumento da capacidade de processamento e armazenamento dos computadores, pelo surgimento do big data e pelo desenvolvimento do aprendizado de máquina e do aprendizado profundo. Esses fatores permitiram que a IA alcançasse resultados impressionantes em diversas áreas, como reconhecimento facial, assistentes virtuais, carros autônomos, etc.

Diferentes tipos de tecnologias e abordagens da inteligência artificial

A inteligência artificial é um campo muito amplo e diverso, que envolve diferentes tipos de tecnologias e abordagens para criar sistemas inteligentes. Algumas das principais tecnologias e abordagens da IA são:

  • Redes neurais artificiais: são estruturas computacionais inspiradas no funcionamento do cérebro humano, compostas por camadas de unidades de processamento chamadas neurônios artificiais. As redes neurais são capazes de aprender com os dados e ajustar seus pesos sinápticos para melhorar seu desempenho.
  • Aprendizado profundo: é um tipo de aprendizado de máquina que usa redes neurais profundas, ou seja, com muitas camadas ocultas entre a entrada e a saída. O aprendizado profundo é capaz de extrair características complexas dos dados não estruturados, como imagens, vídeos e textos.
  • Processamento de linguagem natural: é uma área da IA que estuda as interações entre os sistemas computacionais e as línguas humanas. O processamento de linguagem natural envolve tarefas como análise sintática, análise semântica análise pragmática, geração de texto, tradução automática, sumarização de texto, etc.
  • análise pragmática, geração de texto, tradução automática, sumarização de texto, etc.

  • Visão computacional: é uma área da IA que estuda como os sistemas computacionais podem adquirir, processar e analisar imagens e vídeos. A visão computacional envolve tarefas como reconhecimento facial, detecção de objetos, segmentação de imagens, reconstrução 3D, etc.

  • Sistemas especialistas: são programas de IA que simulam o conhecimento e o raciocínio de um especialista humano em um domínio específico. Os sistemas especialistas usam uma base de conhecimento, que contém fatos e regras sobre o domínio, e um mecanismo de inferência, que aplica as regras para tirar conclusões.

  • Sistemas multiagentes: são sistemas compostos por vários agentes inteligentes que interagem entre si para alcançar objetivos comuns ou individuais. Os agentes inteligentes são entidades capazes de perceber o ambiente, raciocinar sobre ele e agir de forma autônoma e adaptativa. Os sistemas multiagentes podem ser usados para modelar fenômenos complexos e emergentes, como o comportamento de animais, o tráfego de veículos, o mercado financeiro, etc.

  • Lógica fuzzy: é uma forma de lógica que permite lidar com situações imprecisas, incertas ou ambíguas. A lógica fuzzy usa valores intermediários entre o verdadeiro e o falso, chamados de graus de verdade, que variam entre 0 e 1. A lógica fuzzy pode ser usada para modelar conceitos vagos ou subjetivos, como temperatura, velocidade, beleza, etc.

  • Algoritmos genéticos: são métodos de otimização inspirados na evolução biológica. Os algoritmos genéticos usam uma população de soluções candidatas para um problema, chamadas de indivíduos ou cromossomos, que são codificadas por sequências binárias. Os algoritmos genéticos aplicam operadores genéticos, como seleção, cruzamento e mutação, para gerar novas soluções a cada geração. O objetivo é encontrar a solução ótima ou próxima do ótimo para o problema.

  • Redes bayesianas: são modelos gráficos probabilísticos que representam as relações causais entre um conjunto de variáveis aleatórias. As redes bayesianas usam o teorema de Bayes para calcular as probabilidades condicionais das variáveis dadas as evidências observadas. As redes bayesianas podem ser usadas para modelar problemas de inferência, diagnóstico, previsão, aprendizagem, etc.

Exemplos práticos da inteligência artificial

A inteligência artificial tem diversas aplicações práticas em diferentes setores da sociedade. Alguns exemplos são:

Como a inteligência artificial pode ser usada nas empresas?

A inteligência artificial pode ser usada nas empresas para otimizar processos, reduzir custos, aumentar receitas, melhorar a qualidade, inovar produtos e serviços, personalizar a experiência dos clientes, entre outros benefícios. A IA pode ser aplicada em diversas áreas e funções das empresas, como:

Quais são as tendências para o futuro da inteligência artificial?

  • Inteligência artificial conversacional: é a capacidade dos sistemas de IA de se comunicarem com os humanos de forma natural e fluente, usando voz ou texto. A inteligência artificial conversacional visa criar assistentes virtuais mais inteligentes, humanizados e personalizados, que possam entender o contexto, a intenção e o sentimento dos usuários e oferecer respostas adequadas.
  • Inteligência artificial explicável: é a capacidade dos sistemas de IA de explicarem como e por que tomaram uma decisão ou realizaram uma ação. A inteligência artificial explicável visa aumentar a transparência, a confiança e a responsabilidade dos sistemas de IA, especialmente aqueles que envolvem riscos ou impactos significativos para os humanos.
  • Inteligência artificial ética: é a aplicação de princípios éticos e morais aos sistemas de IA. A inteligência artificial ética visa garantir que os sistemas de IA sejam desenvolvidos e usados de forma justa, segura, responsável e benéfica para os humanos e para a sociedade.
  • Inteligência artificial híbrida: é a combinação de diferentes tipos de IA, como a inteligência artificial fraca e a inteligência artificial forte, ou a inteligência artificial simbólica e a inteligência artificial conexionista. A inteligência artificial híbrida visa criar sistemas de IA mais robustos, flexíveis e adaptáveis, que possam lidar com problemas complexos e dinâmicos.
  • Inteligência artificial distribuída: é a distribuição dos sistemas de IA em diferentes dispositivos ou plataformas, como computadores, smartphones, tablets, wearables, etc. A inteligência artificial distribuída visa criar sistemas de IA mais escaláveis, eficientes e acessíveis, que possam se comunicar e colaborar entre si.
  • Inteligência artificial emocional: é a capacidade dos sistemas de IA de reconhecer, interpretar e expressar emoções humanas. A inteligência artificial emocional visa criar sistemas de IA mais empáticos, sensíveis e persuasivos, que possam se adaptar ao estado emocional dos usuários e oferecer respostas mais humanizadas.

Quais são os desafios, as vantagens e as desvantagens da inteligência artificial?

A inteligência artificial é uma tecnologia que traz muitos desafios, vantagens e desvantagens para os humanos e para a sociedade. Alguns deles são:

  • Desafios: a inteligência artificial enfrenta desafios técnicos, como a falta de dados, a complexidade dos problemas, a interpretabilidade dos algoritmos, a segurança dos sistemas, etc. Além disso, a inteligência artificial enfrenta desafios éticos, sociais, legais e econômicos, como a privacidade dos dados, a responsabilidade pelos erros, o impacto no mercado de trabalho, a desigualdade social, etc.

  • Vantagens: a inteligência artificial traz vantagens como a melhoria da produtividade, da qualidade, da eficiência, da conveniência e da inovação. A inteligência artificial também traz benefícios para a saúde, a educação, a segurança, o meio ambiente, o entretenimento, etc.

  • Desvantagens: a inteligência artificial traz desvantagens como a perda de empregos, a dependência tecnológica, a manipulação de informações, a perda de privacidade, a perda de controle, etc. A inteligência artificial também traz riscos para a segurança nacional, a estabilidade social, a diversidade cultural, etc.

Conclusão

A inteligência artificial é uma tecnologia que busca criar sistemas capazes de imitar ou superar as capacidades humanas de resolver problemas, tomar decisões e aprender com os dados. A inteligência artificial tem diversas aplicações práticas em diferentes setores da sociedade e promete transformar o mundo nos próximos anos. No entanto, a inteligência artificial também traz muitos desafios,

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